ESTRUTURA E MONTAGEM
Materiais necessários
Bungee Cord
O bungee cord é um cordão elástico também conhecido como um cabo de choque. É um cabo elástico composto por uma ou mais cordas elásticas que formam um núcleo, geralmente coberto por um algodão ou polipropileno feitos inteiramente de fios elásticos.
Cordas como estas foram usados para fornecer uma leve suspensão para os trilhos de aeronaves antes da Primeira Guerra Mundial e também foram usados para ajudar a abrir o recipiente de pára-quedas de estilo antigo.
Existem outros cabos de bungee mais baratos, com ganchos metálicos ou plásticos em cada extremidade, são comercializados como um item de utilidade geral. Esta forma também é conhecida como canguru. Estes não são apropriados para as atividades da BUNGEE DANCE®.
Para a técnica da BUNGEE DANCE®, o ideal é trabalhar com elásticos principais (que irão variar de acordo com o peso do indivíduo) e associar aos elásticos individuais para que possamos usar uma combinação de cordas dependendo do que o indivíduo precise.
O bungee cord pode ser amarrado em um nó, mas não é o ideal, pois acaba sendo usado de forma desigual quando é encurralado e amarrado ao fazer BUNGEE DANCE®, reduzindo assim a sua durabilidade.
A quantidade de bungee cords usada depende do peso do dançarino. Algumas empresas disponibilizam 3 tipos de elásticos. Dois principais para indivíduos com 50 a 65 Kg ou 65 a 80 Kgs, e elásticos individuais de 10 kg cada para complementar caso haja necessidade.
É de fundamental importância ter elásticos de boa qualidade e excelentes ancoragens para evitar acidentes, que podem ser muito graves. Quando fazemos um voo livre com esforço máximo, o elástico estica aproximadamente o dobro do seu tamanho, atingindo uma carga de impacto na ancoragem que pode chegar a 5 vezes o peso do praticante ou dançarino. Dessa forma, é imprescindível que o fabricante seja consultado para se certificar sobre a capacidade dos equipamentos como um todo, não apenas os elásticos, e se foram testados e certificados pelo INMETRO.
Deformações no Bungee Cord
A deformação de um corpo ou de uma estrutura é qualquer mudança da configuração geométrica do corpo que leve a uma variação da sua forma ou dimensão após a aplicação de uma ação externa como por exemplo tensão ou variação térmica. As deformações por tensão podem ser classificadas basicamente em três tipos: deformação transitória ou elástica, deformação permanente ou plástica e ruptura.
Na deformação elástica o corpo retorna ao seu estado original após cessar o efeito da tensão, quando submetido a uma força que não supere a sua tensão de elasticidade.
Na deformação plástica o corpo não retorna ao seu estado original, permanece deformado permanentemente. Isso acontece quando o corpo é submetido à tensão de plasticidade maior daquela que produz a deformação elástica. Há a ocorrência ou transição da fase elástica para a fase plástica do corpo que está submetido.
Na ruptura o corpo rompe-se em duas ou mais partes. A ruptura acontece quando um corpo recebe uma tensão inicialmente maior daquela que produz a deformação plástica. Essa tensão tende a diminuir após o início do processo.
Mosquetão
O mosquetão é um anel metálico que possui um segmento móvel chamado gatilho que se abre para permitir a passagem da corda. Independente do modelo, os mosquetões são desenhados para suportar carga unidirecional ao longo do dorso, no eixo longitudinal e com a trava fechada. A resistência ou cargas de ruptura, geralmente trazidas em suas marcações, é descrita em quilonewton (kn). Segundo a norma NFPA 1983, no cálculo da resistência de um mosquetão deve-se levar em conta o peso dos equipamentos de segurança, conhecido como carga de resgate em média 270kg, mais o peso estimado da pessoa. Exemplificando: num mosquetão com resistência de 22 kN a ruptura se produz a 22 kN ou aproximadamente 2.200 kgf, ou seja, a força máxima que aguenta antes de romper-se é de 22 kN. Em resumo, para fazer a conversão de 1 kN (quilonewton) em kg (quilograma), basta multiplicar o valor expresso em kN por 100.
Como montar?
A seguir apresentamos o nosso passo a passo. É indispensável o acompanhamento técnico de profissional de engenharia, além da escolha de equipamentos certificados pelo INMETRO.
Esse roteiro é meramente ilustrativo. A BUNGEE DANCE® não comercializa nenhum desses equipamentos aqui descritos, nem consultoria para as estruturas para a prática da modalidade. Reforçamos a necessidade imperativa de instalação da estrutura por engenheiro e aquisição de equipamentos com certificação do INMETRO.
1. Colocar o suporte de teto, que deve ser adequado ao tipo de estrutura (consultar engenheiro);
2. Conectar um mosquetão ao suporte de teto;
3. Conectar o destorcedor no mosquetão do passo anterior – alguns já vem com a fita reguladora;
4. Conectar o mosquetão da extremidade do elástico principal (o elástico deve estar de acordo com o peso do usuário);
5. Conectar o mosquetão da outra extremidade do elástico à cadeirinha;
Para se conectar com o elástico, deve estar em um local um pouco mais alto, como um banco ou um caixote, facilitando a conexão dos equipamentos e evitando acidentes.
Bons voos!
NR35 – Trabalho em altura
O conhecimento da Norma de Trabalho em Altura é essencial para quem vai praticar a modalidade de Dança Aérea. Esta norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura.
Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.
Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco. A execução do serviço/aula deve considerar as influências externas que possam alterar as condições do local de trabalho e dos materiais usados já previstas na análise de risco. A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:
• o local em que os serviços serão executados e seu entorno;
• o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
• o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
• as condições meteorológicas adversas;
• a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda;
• o risco de queda de materiais e ferramentas;
• os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
• o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras;
• os riscos adicionais;
• as condições impeditivas;
• as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;
• a necessidade de sistema de comunicação;
• a forma de supervisão.